Mais um dia de aula
e lá estava eu tentando desempenhar meu papel de professor, só que naquele dia
eu estava particularmente irritado e logo os alunos perceberam. Tinha acabado
de bater meu carro na “traseira” de um carro-guincho, pura bobeira.
Quando um aluno me
perguntou o que tinha acontecido foi que percebi o motivo da minha irritação e
disse de pronto: Bati o carro, mas o que mais está me irritando é que não tenho
quem culpar.
Sempre estamos
buscando culpados por tudo que acontece, gostamos de pensar que somos perfeitos
e que tudo deve girar ao nosso redor. Cegamos diante de nossas imperfeições,
criticamos comportamentos alheios e gostamos que os reflexos de nossas
imperfeições sejam vistos no espelho do outro.
“ Fecha meus ouvidos
a toda calúnia, guarda minha língua de toda maldade.....” Parte de uma oração
repetidas por mim todos os dias para que eu consiga me calar diante daquilo que
discordo e diante daquilo que acho certo. O meu certo não é verdadeiramente o
seu e espero sinceramente que possamos um dia discordar uns dos outros com
respeito e admiração pelas diferenças.
Falamos e julgamos
os outros para nos fortalecermos diante de nossas fraquezas e esconder o que
existe de pior em nós mesmos.
Posso ser o quiser,
grande ou pequeno diante da vida, mas sou verdadeiramente um centro de
imperfeições diante da perfeição do universo e da energia que nos conduz à
vida.
Gostamos de expressar opiniões diante de tudo e
de todos, gostamos de achar defeitos naqueles que nos cercam, perdemos tempo
julgando e falando quando podemos simplesmente gostar e aceitar sem perder
tempo com aquilo que só o tempo mostrará o quanto foi desnecessário.
Somos os únicos
culpados pelos acontecimentos vividos.
E finalmente rogo à Deus que eu possa um dia ter pelo menos um pouco das qualidades que acredito possuir.
E finalmente rogo à Deus que eu possa um dia ter pelo menos um pouco das qualidades que acredito possuir.
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